A vacinação contra o HPV passa a ser de dose única para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos. O esquema está em vigência na rede pública e a vacina disponível nas unidades de saúde de Itaetê. Com a alteração, todas as pessoas que receberam a primeira dose do imunizante estão com esquema vacinal completo, não necessitando receber a segunda dose. 

A vacinação contra o HPV é a melhor forma de prevenção do câncer de colo de útero, entre outros tipos, que afetam homens e mulheres - como câncer de garganta e pescoço, de vagina e de pênis. A adoção da dose única é recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) após estudos de controle realizados em diferentes países – incluindo de eficácia da dose única em relação a esquemas com duas ou três doses. A vacina oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é quadrivalente, garantindo proteção contra o papilomavírus humano dos tipos 6, 11, 16 e 18.

Câncer de colo de útero - Estimativas da OMS é de ocorrência anual de 570 mil novos casos da doença no mundo, com evolução para 311 mil mortes. No Brasil, são esperados 17 mil novos casos, com até 7 mil mortes. O câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente no país e a quarta principal causa de morte por câncer em pessoas com útero. Estudo realizado no país em 2023 estima que 10.700 mortes seriam evitáveis.

De acordo com o Ministério da Saúde, a partir dos estudos da OMS, a adoção da dose única, para a faixa etária de 9 a 20 anos de idade, tem vantagens como garantia de maior adesão à vacinação, aumento da cobertura vacinal e, com isso, da imunidade de rebanho, oportunidade para a inclusão de outros públicos prioritários e melhor logística para oferta da vacina. Além disso, a estratégia facilitará a introdução da vacina HPV em programas de imunizações em países de média e baixa renda e aceleração da eliminação do câncer de colo do útero, não só no Brasil, mas em nível mundial.

Como estratégia adicional, o Ministério da Saúde começa pela região Norte do país a ampliação da oferta do imunizante para adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que não tenham recebido nenhuma dose da vacina. Esta ampliação será gradativa para as demais regiões brasileiras.